quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A Última Batalha



Havia êxtase no ar,  os olhos estavam apertados,  o sol escaldava acima de todos aqueles homens,  as espadas brilhavam com a luz forte do dia e na respiração havia ansiedade.  Queriam o cheiro de suor e de sangue.  Já podiam ouvir suas espadas e escudos estralando uns contra os outros, barulho de metal se chocando contra metal. A maioria daqueles homens já não se lembrava ou sequer ligava para o motivo da guerra. Naquele momento, em seus corações habitava apenas o desejo pela ação, a viciante sensação de tirar vidas e correr o risco e perder a própria. Aquele minuto já durava uma eternidade,  com toda tensão do corpo dividida entre os braços que empunhavam as espadas e as pernas flexionadas e prontas para a corrida. Aguardavam apenas um sinal,  apenas um grito,  apenas uma ordem e tudo que estava naquele momento preso em suas mentes, corações e corpos seria liberado em uma sangrenta explosão.
No instante em que a explosão parecia finalmente iniciar, ao erguer de mãos dos lideres, o inesperado aconteceu. Os comandantes jamais se esqueceram do momento em que seus comandos foram engolidos pela sombra, do vento quente que lhes acertou a face e da figura alada que decidiu pairar no centro do campo de batalha. Ainda ao som dos gritos de espanto, espasmos e desmaios, a enigmática figura iniciou um breve discurso, utilizando palavras esquecidas de uma linguagem que para muitos era inexistente. Porém, mesmo sem ter o entendimento e estudo daquelas sílabas, palavras e frases, ninguém deixou de entender as exclamações e afirmações.
Ambos os exércitos bateram em retirada após a figura disparar pelos céus. Aquela guerra acabou naquele dia e nunca mais se ouviu falar em batalhas naquela região ou nas proximidades. As pessoas voltaram a viver suas vidas normalmente como se nada tivesse acontecido. A aparição da misteriosa figura, a guerra com seus motivos, bravuras e covardias, nada mais parecia ter existido. Todos por ali seguiram suas vidas tranquilas e em paz.
Até hoje, passado tanto tempo, ninguém soube dizer o que poderia ser aquela figura e nem mesmo qual era o seu dialeto ou o tipo de poder emanava daquelas palavras. A única coisa que sabem com certeza, principalmente os militares que presenciaram o fato, é que aquele poder era capaz de marcar uma era, dividir a História e mudar toda a civilização conhecida.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

El fin!


Digo que não existe fim
Assim como não existe início 
O início é apenas resultado do fim
O medo existe apenas do fim
Apenas porque este oculta o desconhecido início 
Natural é o medo deste, o fim
Que nada mais é que o início 
Perdidos por temer o fim
Perdidos por temer o início.

Leandro M. Mendes

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Imperfeição


E se você pudesse escolher
se a decisão fosse sua
Se o amanhã fosse exato
Perfeito conforme seu desejo
se todos se tornassem o que espera?
Se nenhuma duvida existisse
Se não precisasse imaginar
Pois tudo é exatamente como pensa...

Em quanto tempo a loucura lhe atacaria?

Leandro M. Mendes

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Devaneios Ou Não: APENAS MÚSICA

Devaneios Ou Não: APENAS MÚSICA: Assim como eram os cogumelos para Alice é a música para mim, Uma me faz crescer e outra me diminui Uma me dá coragem e outra me ...

Fantasmas


Não é a sombra na rua
Não é o reflexo que assusta
Não é a imagem que espanta
Não é o estranho que não se espera
É aquele que você não quer lembrar
Aquela para quem você dá as costas
Aquele para quem se nega o olhar
Aquela que envia a mensagem ignorada

Leandro M. Mendes

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Monstro!


"Quem é esse que você olha e não vê,
encara, mas não está ali.
Será só um corpo inerte no ambiente?
Existe algum elo entre ele e a criatura
que você não vê flutuando na sala?
Essa criatura grande, desajeitada
e curiosa que ora observa a sujeira
com formato engraçado e ora
observa o sol pela janela?
Será aquele que não está ali ou a
criatura grande, desengonçada
e curiosa que está prestes a se assustar..."

Leandro M. Mendes